Clarice me mata.
Mas não me deixa suicidar.
Peregrina pela via
crucis do meu corpo,
Faz de mim uma água viva
e da minha descoberta do mundo,
uma felicidade clandestina.
Arranca do lustre de casa, a hora da estrela
e da cidade sitiada observa
uma legião estrangeira.
Desata meus frágeis laços de família
e em um sopro de vida,
me transforma em bela e em fera.
Mas não importa onde estive a noite,
meu coração selvagem
permanece ainda seguro
tal qual uma maçã no escuro.
Ellen Maria
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