Para se viver no presente, e para que esse presente contenha alguns germes de futuro,
é preciso esquecer.
Não digo perder a memória, mas seleccioná-la, distanciá-la, acomodá-la à necessidade
que todos temos de
saborear o presente, de manter indemnes as possibilidades de novos começos. Mas
quando a memória nos
cai em cima como um dilúvio, quando o passado nos submerge e afoga, estamos perdidos.
Sobrevivemos
entre sombras, somos almas penadas, entregues ao desespero e à cólera. Vivemos no inferno,
pois inferno é
a ausência de quem amamos.
É disso que este livro trata. Disso e da passagem da saudade à solidão.
Ernesto Sampaio
Não digo perder a memória, mas seleccioná-la, distanciá-la, acomodá-la à necessidade
que todos temos de
saborear o presente, de manter indemnes as possibilidades de novos começos. Mas
quando a memória nos
cai em cima como um dilúvio, quando o passado nos submerge e afoga, estamos perdidos.
Sobrevivemos
entre sombras, somos almas penadas, entregues ao desespero e à cólera. Vivemos no inferno,
pois inferno é
a ausência de quem amamos.
É disso que este livro trata. Disso e da passagem da saudade à solidão.
Ernesto Sampaio