"A técnica de influenciar os homens assustando-os com o que ainda não existe é antiga. É isso que sucede mais uma vez. Fala-se de armamento militar que avança com apetite; é este o termo: apetite. Como se as armas tivesse estômago, organismo. Uma espécie de saliva grotesca, metálica. As fábricas mantém os barulhos atentos que correspondem aos movimentos previstos das máquinas pacíficas, e posteriormente surgem os produtos necessários. [...] As máquinas de guerra vêm aí. O problema não são as máquinas que se aproximam da cidade, são as máquinas que já aqui estão. As diferentes gerações mecânicas, Walser: progridem. Tal como as nossas ideias. Mas as máquinas começam a ter autonomia, as ideias não. As máquinas interferem já na História do país e também na nossa biografia individual. Têm também uma História do espírito, um caminho já realizado no mundo do invisível, no mundo daquilo que se sente e se pensa. Acredita-se até que as máquinas levam o Homem a sítios mais próximos da verdade."
Nenhum comentário:
Postar um comentário