1.10.14

"{diz pra mim o que você come longe de mim. se ainda bebe água naquele mesmo copo pequeno. foi de repente que eu, que pouco ligava, fiquei querendo saber. como é que você vive longe de mim? um dia eu quis escrever sobre você e você mesmo amanheceu ali, tão perto, uma janela entreaberta que deixava o sol chegar. e você dormia como dormia sempre, muito e profundamente, fora de hora como tudo que tinha a ver contigo. sempre atrasado ou cedo demais, nunca exato, eu sabia. que ia ser assim eu desconfiava: um dia ia acordar querendo saber do seu paradeiro. simples. levantaria de onde estivesse, pegaria o pensamento e transformaria em qualquer coisa que não fosse te procurar pra saber a resposta}"
(Mariana Paiva)

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