6.6.13

Depois de Clarice (II)

Extenuada, Cícera saiu da sala procurando um abrigo. Doía-lhe o peito como se alguém lhe tivesse dado um abraço muito apertado. Também sentia o estômago revirado, como se ele tivesse tido uma discussão com o resto de seu organismo enquanto ela assistia a aula. Poucas dezenas de passos e chegou ao pátio da faculdade. Enquanto caminhava, buscou algum canto só seu, com os olhos, e já não aguentando parar sobre suas pernas, arreou-se, apoiando parte das costas numa árvore. Clarice lhe dilacerara. Antes de examinar se por perto havia formigueiros ou outros insetos que lhe causassem aflição, respirou fundo e relaxou também os braços. Por um instante, estava segura.

Ellen Maria

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