Dá medo. Pelo risco. Mas a gente engole o medo, ignora o risco, e se joga. Mergulha de cabeça.
Daí as vezes, a piscina não dá chão. E a gente sai dela com os dedos enrugados e sem fôlego.
As vezes, tenta nadar rápido, mas a borda tá longe, e parece que o afogamento é o caminho mais fácil.
Não é.
Passa um tempo, e lá vem a vontade de novo. De entrar com tudo.
Se vai dar pé? Vai saber! Só dá pra saber se cair lá.
E como se fosse uma ampulheta, dessas que a gente vai virando quando acaba a areia, a gente faz com a vida.
Não deu? Tudo bem, parte pra outra. Sempre há outra possibilidade, outra história pra contar, dizem.
Mas cansa... quase sempre cansa. E depois de um tempo descansando, a gente volta pra cantar nessa roda. Quer dizer. A gente busca outra piscina.
De outra cor. Profundidade. Com menos cloro. Com mais capacidade em litros.
Ou compra uma máscara de mergulho. Um tanque de oxigênio. Um escorregador ou um colete salva-vidas.
Eu preferi casar com um professor de natação.
Ellen Maria
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