17.12.11

Soneto da Permanência

"Ao passo que tudo sempre vem e passa
Na ampulheta do tempo, se vê e esquece
Do Sol que se põe quando o dia fenece
O destino mortal a todos enlaça

Mas vossa beleza, Senhora, abraça
Quem vivencia vossa voz feito prece
E do sol o esplendor que em vós a luz tece,
E em mim permanece em imagem de graça

De Deus sois obra-prima; Dele, a parte
Digna de eternidade, qual poesia,
No sopro dos céus, Dionísio nos fala;

Vós tornastes efêmera toda Arte
Sois, pois, na Terra, de imortal maestria
Sinal único, que o tempo não cala."

Carolina Rocha

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