Hoje terminei de ler um livro.
Resolvi re-abrir este blog por isso.
Este ano, li só doze livros até agora, mas o que eu terminei hoje, com certeza, será o melhor do ano, mesmo que até o último dia de dezembro eu só leia romances fenomenais (e eu sei que não será assim), eu já sei que este foi o melhor livro de 2011. E entra, sem pestanejar, na lista dos melhores que eu já li na vida.
Chama-se "Precisamos falar sobre o Kevin", de Lionel Shriver. Não vou contar sobre o que se trata. Acho que este primeiro parágrafo deve ser o suficiente para merecer a vossa leitura. O livro custa caro, ganhei de aniversário da minha mãe porque eu tive dó de gastar uma nota de cinquenta só com ele. Com esse dinheiro, costumo comprar dois ou então três dvds. De qualquer forma, se eu soubesse que era tão bom, eu teria pago. A gente nunca sabe só pela capa. Mesmo que a capa (uma foto em branco-e-preto de um menino com uma máscara de gato) seja muito boa.
2011 tem sido um ano de poucas leituras. Isto significa que li muito... para a faculdade (último ano de Letras) e para o trabalho (professora de espanhol para todas as turmas do ensino fundamental II e ensino médio). Aquela frase "Não deixe que a universidade atrapalhe os seus estudos" não é mito: nunca gastei tanto com fotocópias de artigos e capítulos para meu curso, nunca passei tanto tempo lendo provas e redações de meus alunos, ou seja, nunca gastei tanto tempo de um semestre lendo. E, no entanto, nunca li tão pouco do que realmente me dá prazer.
Quer dizer, sempre me disseram que eu deveria fazer uma faculdade que me desse prazer. Sempre me disseram que eu deveria trabalhar com que me desse prazer. Por isso, escolhi Letras e também por isso, escolhi ser professora. Realmente gosto de tudo que eu faço.
Mas fazia tempo que eu não me emocionava fazendo alguma coisa. Hoje quando terminei de ler este livro, que só comecei a ler porque estou de férias (são 463 páginas... não dá pra ler enquanto estou vivendo o "semestre letivo"), lembrei o porquê eu escolhi Letras e porque escolhi ser professora. A linguagem me encanta.
Por mais que eu não tenha muito tempo pra isso, não é possível deixar de escrever, ler, e, portanto, de se emocionar. Não posso deixar que isso escape de mim.
Ellen Maria
Ellen Maria
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